CULTURA DIGITAL

A Secretaria para a Comunicação da Santa Sé estuda um documento sobre la cultura digital

meios de comunicação ligados à Igreja

A Secretaria para a Comunicação da Santa Sé estuda “um possível” documento sobre a Internet “sempre a partir da perspetiva de integração multimédia”, disse hoje D. Nuno Brás, membro deste órgão do Vaticano.

(PASCOM Brasil).- A Secretaria para a Comunicação, criada há dois anos, tem entre os seus membros D. Nuno Brás, bispo auxiliar de Lisboa e vogal da Comissão Episcopal da Cultura, Bens Culturais e Comunicações Sociais em Portugal, que esteve a participar na primeira Assembleia plenária que tem como tarefa cimeira a reforma dos media do Vaticano.

Em declarações à Agência ECCLESIA o bispo auxiliar de Lisboa afirmou o desafio de passar de “muitos média para multimédia”.

“É o trabalho que a secretaria tem estado a realizar, um trabalho difícil porque se trata de integrar muita gente e instituições mas que tem estado a ser feito paulatinamente”.

O Conselho Pontifício para as Comunicações Sociais, a Rádio Vaticana, a Sala de Imprensa da Santa Sé, o «L’Osservatore Romano», o Centro Televisivo Vaticano, a Livraria editora Vaticana e a Internet são os diferentes meios de comunicação que o Papa Francisco quer reformar.

“Trata-se de integrar todas as realidades mas a partir de uma nova perspetiva: todos estes serviços vão continuar a existir, mas de forma integrada”, sublinha o membro da Secretaria para a Comunicação da Santa Sé.

O bispo auxiliar de Lisboa alerta para a necessidade de uma linguagem nova no trabalho a desempenhar.

“Basta ver o êxito que o Papa tem nas redes sociais, junto de pessoas até que não são católicas”, ilustra.

Surge, por isso, a necessidade de comunicar não apenas através do que é, por exemplo, o «Osservatorio Romano», mas de integrar novas linguagens próprias do nosso tempo.

Os consultores da Assembleia plenária têm uma representatividade “mundial”, apresentando os desafios próprios da sua realidade.

“Nós temos vários meios de comunicação com ligação à Igreja e muitos estão em competição. Isso não faz sentido no mundo de hoje”, indica D. Nuno Brás.

“Trata-se de realizar com os meios que dispomos o que já temos com o nosso “smartphone”, um aparelho que tem tudo e cabe no bolso”.

O Papa Francisco recebeu esta quinta-feira em audiência os participantes da Assembleia plenária a quem pediu que a reforma em curso tenha em atenção as situações de pobreza.

Francisco disse que o critério que guia esta reforma “é apostólico e missionário, com uma atenção especial às situações de pobreza e dificuldade, na consciência de que elas também devem ser enfrentadas com soluções adequadas”.

HM/LS

 

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